Águia Branca será palco de projetos audiovisuais que exaltam sua cultura, história e belezas naturais.
De setembro deste ano até o primeiro semestre de 2025, a cidade de Águia Branca, no noroeste do Espírito Santo, terá sua rica história contada através do cinema. Diversos projetos audiovisuais, conduzidos pelo Cineclube Eco Social e pelo diretor e roteirista Luciano Guimarães de Freitas, trarão à tona as memórias e tradições do município.
Seis projetos foram selecionados por meio de editais da Lei Complementar Paulo Gustavo (LC 195/2022), que direcionou recursos para a promoção cultural em municípios e estados de todo o Brasil.
Entre os projetos estão quatro produções audiovisuais idealizadas por Luciano Guimarães, que atuará como diretor e roteirista. A web série “Do Luto à Luta” contará com três episódios que homenagearão os moradores de Águia Branca que faleceram devido à COVID-19, celebrando seus legados e estimulando a superação do luto pela celebração da vida.
Além disso, três curtas documentários explorarão os saberes e fazeres das identidades populares, o cotidiano, patrimônios naturais e culturais, e personagens que marcaram a história do município. Entre os destaques estão os documentários “Ser Mulher em Águia Branca”, que homenageia as mulheres que contribuíram para a cidade, “Patrimônios Naturais de Águia Branca”, que oferece uma nova perspectiva sobre as belezas naturais locais, e “Águia Branca, Terra de Gente Feliz”, que celebra o espírito acolhedor e a alegria dos moradores.
A Lei Paulo Gustavo também incentivou outros projetos culturais em Águia Branca, como os ligados ao grupo “Mineiro Pau”, no distrito de Águas Claras. Na área de audiovisual, o Cineclube Eco Social teve dois projetos aprovados, um para a criação e manutenção do cineclube, comemorando seus 20 anos, e outro para um seminário que integrará a linguagem audiovisual à educação, promovendo novas experiências pedagógicas.
Sobre o Cineclube Eco Social e as comemorações de seus 20 anos de atividades:
Fundado em 2004 no município de Águia Branca, o Cineclube Eco Social emergiu como uma força propulsora na interiorização do audiovisual capixaba. Desde sua criação, o cineclube desempenhou um papel crucial na formação de outros cineclubes no interior do estado e no fomento cultural, promovendo a interação entre o cinema e temas como educação, meio ambiente, patrimônios naturais, e identidades populares.
Ao longo de sua trajetória, o Cineclube Eco Social recebeu reconhecimento significativo. Em 2020 e 2023, foi premiado pela Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult), o que destacou sua contribuição para o desenvolvimento cultural e audiovisual da região. Em 2023, o cineclube organizou o projeto “Territórios e Redes de Cineclubismo,” que incluiu um Seminário Nacional de Cineclubismo, reunindo mais de 300 participantes de 23 estados brasileiros e 5 países, consolidando sua influência nacional e internacional.
Este ano, o Cineclube Eco Social comemora duas décadas de atividades ininterruptas, uma marca rara no cenário cineclubista brasileiro. Apesar desse sucesso, o cineclube ainda enfrenta desafios para consolidar sua presença local e regional. Embora tenha expandido suas ações para além do Espírito Santo, falta-lhe um espaço físico próprio que poderia servir como sede e base de operações.
Para o segundo semestre de 2024 e 2025, as metas do cineclube estão focadas na solidificação de suas raízes em Águia Branca e na região. Entre os objetivos está a viabilização de um espaço próprio e a criação de um Núcleo Regional de Produção e Difusão Audiovisual. Esse núcleo teria a missão de capacitar adolescentes e jovens, formando novos agentes audiovisuais e culturais, e estimular a produção de filmes que preservem a memória e a história dos municípios, criando conteúdos educativos para uso em escolas públicas. A celebração dos 20 anos do Cineclube Eco Social é, portanto, não apenas um marco de resistência, mas um ponto de partida para novas conquistas e desafios futuros.
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